34º dia: Comodoro Rivadavia

17/02/2012

34º dia: Comodoro Rivadavia

Já pela manhã tratei de levar a bicicleta em uma bicicletaria, pois estava pedalando com um raio quebrado outra vez, aproveitei pra outras regulagens também. Como é comum na Argentina, os "talleres" (mecânicos) não trabalham nas bicicletarias, mas aí me indicaram onde havia um bom
Ao chegar no mecânico ele disse que quando avisaram por telefone ele imaginou que se tratasse de um ciclista que havia encontrado na estrada outro dia. Realmente ele havia passado por mim entre Viedma e San Antônio Oeste uns dias antes. Imitava aos outros como eu lutava com o vento para equilibrar-me, nos provocando risadas.

Às 20:00 a bicicleta já estava pronta, assim que voltei para o centro, pela beira-mar.
Passei a tarde procurando por um saco de dormir, e o encontrei, mas não tinha dinheiro para comprar. Minhas reservas estavam no fim, e precisava que minha família me enviasse mais para eu poder continuar a viagem. Como no litoral, onde vivemos, estavam todos atribulados com o carnaval (trabalho) e com dificuldades para deslocar-se a capital, perguntei ao João Paulo Sabóia se poderia fazer o envio para mim, já que estava em Curitiba e somente de aí se poderia carregar outra vez o cartão que eu estava usando. Disse que estava bem atarefado também, mas que poderiam depositar em sua conta, que ele se encarregava de fazer o repasse no dia seguinte.
O João Paulo é um ciclista amigo meu, e já havia feito o mesmo trajeto poucos dias antes.
Assim que o plano ficou sendo de aguardar o dinheiro no dia seguinte, para comprar o saco de dormir e seguir viagem...

Voltando para o centro, vi que estava se aproximando um temporal...

Ainda era dia, mas estava tudo escuro...

Fui ao hostel banhar-me e quando estava para sair me surpreendi com a quantidade de chuva que desabou do céu... muita água mesmo, fazendo a rua da hospedagem se transformar em um rio...
Fiquei surpreso, pois no dia anterior mesmo, no frio da noite na estrada cheguei a pensar na vantagem de não chover nestes lugares, pois seria congelante. E agora para me contrariar vi que havia sim a possibilidade de pegar chuva forte pelo caminho...
Depois que passou a chuva repetiu-se um fato engraçado. De argentinos em viagem me pedirem informação hehe... buscavam a saída da cidade para o sul, e lhes indiquei a direção e onde teriam que virar para alcançar a rodovia.
Fui jantar e tive que pisar na água congelante, por sorte tinha minhas meias de neoprene que tornaram suportável sair assim...