sexta-feira, 18 de outubro de 2013

56º dia: Tolhuin - Ushuaia

11/03/2010

Trajeto do 56º dia: 104 km
Tolhuin - Ushuaia



Após acordar fui tomar um café da manhã com muitas "facturas" na padaria.



Após o desjejum fui ver os quadros na parede que mostram que realmente a padaria tem algo mais que somente um lugar para vender pães. Inúmeras conquistas ao redor do mundo no esporte homenageando a "panaderia la unión", realmente incrível. Picos conquistados, travessias em caiaque, bicicleta e a nado. Todos que aqui já estiveram gostam de retribuir a hospitalidade encontrada, verdadeiramente um lar para os bravos.









De volta na estrada, os último 100 quilômetros de todos os 5000 da viagem.






O Lago Fagnano e a Cordilheira dos Andes.






























































Parece o mar, mas as ondas no lago são somente o efeito do vento forte.


















Neve... cada vez mais perto.

























































Ao pé da cordilheira, o lago escondido.






E... 3000 km de ruta 3!
E quase 5000 km desde casa.






Começando a subir a cordilheira, mas desta vez tranquilo, já não havia mais calor excessivo, além de ter água fresca escorrendo nas encostas para abastecer o cantil. Porém eu ainda não sabia que justamente excesso de água seria o problema deste dia...





















Lago Escondido e o Paso Garibaldi.



Ufa, só míseros 50 km... um último esforço.

































Lago Escondido visto do Paso Garibaldi.
























Atingindo o ponto mais alto da rodovia. Daqui em diante seguiria pedalando nos vales através da cordilheira.





















Já na descida a temperatura foi baixando cada vez mais, fazendo com que eu me abrigasse ainda mais.





















De repente começou a chuviscar. Como as gotas eram de puro gelo, tive que me abrigar com todos os meus recursos.









Um casal parou e me ofereceu carona, uma vez que pedalar na chuva por aqui é um pouco perigoso (congelamento das extremidades, ou seja, dedos e nariz). Porém quando lhes disse que vinha pedalando desde casa e não iria desistir nos últimos quilômetros, me desejaram boa sorte e seguiram viagem.












De repente a temperatura baixou ainda mais, e olhando em volta podia se ver o porque, estava em meio a montes nevados, além da chuva. A sensação era a de estar dentro de um freezer, e pior, com chuva.



Neve nos montes, e um pouco mais abaixo, chuva.


















De repente me alcança o ciclista que eu tinha visto no posto de gasolina no dia anterior. Depois de trocar algumas poucas palavras em castelhano. ele me disse que não entendia nada do que eu estava falando hehe. Só então perguntei de onde ele era: Eslovenia. Ou seja, o cara não era antipático, simplesmente não entendia castelhano hehe. Perguntei se falava inglês, e ele disse que não muito bem. Perguntou se eu falava alemão, e disse que não entendia nada. Perguntei se falava italiano, resposta negativa. Assim que tratamos de nos entender em inglês, de qualquer maneira. Seu nome é Matevz e seguimos viagem juntos.















Lindas e congelantes paisagens...






























E de repente, NEVE!
Linda, mas não pareceu nada divertido hehe. Uma vez que estava misturada com chuva, e já tinha infiltração nos dedos, a sensação não era nada agradável. Os dedos da mão doíam, e os do pé eu já nem sentia mais a esta altura. O negócio era tratar de chegar de uma vez.















Últimos quilômetros e aquele último esforço. Com os dedos insensíveis e o frio, nem o fim da viagem foi moleza.



USHUAIA!!!



Mas não acabou na placa não, ainda tive que descer até a cidade e procurar um lugar para ficar. Cheguei a hospedagem bem preocupado com a condição dos meus dedos, mas após um banho de água quente, deu tudo certo.