quinta-feira, 11 de julho de 2013

39º dia: Rada Tilly

22/02/2010

39º dia: Rada Tilly


Mais um dia de espera...
Logo cedo voltei a Comodoro Rivadavia de ônibus para buscar o cartão. Me dirigi ao banco, se chamava Banco Galícia, se não me engano, ficava a poucas quadras do mar, na avenida principal. Após indagar um funcionário, me informaram que somente na terça poderia ser feita a devolução, por uma razão burocrática qualquer, que nunca entendi se era verdade ou se tratava de propina.
Neste momento eu me dei conta que era necessário usar de paciência nível sábio chinês. Não me importei, agradeci e reprogramei outra vez meu dia. Almocei pela cidade, que era mais econômico, e voltei a Rada Tilly. Depois de ir outra vez a lan house e acabar me entediando, fui a uma praça, e acabei dormindo em um banco. Eu já sabia de outras experiências que na Argentina (interior) a siesta é sagrada, desde que em sua hora (por mais que em algumas cidades a siesta chega a ser até as 17:00). Dentro do horário da siesta, qualquer um pode dormir em qualquer canto que ninguém reclama ou incomoda, nem os malandros. Porém até mesmo fechar os olhos um pouco fora deste horário é passível de reprovação. Neste dia aconteceu até com crianças. Na mesma praça que eu tinha feito siesta outro dia atrás, desta vez eram pouco mais de cinco horas, quando passou um ônibus escolar e as crianças gritaram: "Despertate borracho! Hahaha". Tive que rir...
Mas a verdade é que ironicamente eu estava me sentindo até sedentário neste momento, por estar tão parado. Somente as assaduras que tomavam conta das minhas coxas me lembravam o tanto que já tinha pedalado até aqui...



Jantei mais cedo e fui descansar mais cedo também, no dia seguinte teria que seguir lutando, e já para começar com burocracias.
O friozinho continuava durante a noite, mas agora já estava melhor abrigado com um saco de dormir apropriado para estas temperaturas.

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