quarta-feira, 26 de junho de 2013

33º dia: Garayalde - Comodoro Rivadavia

16/02/2012

Trajeto do 33º dia: 182 km
Garayalde - Comodoro Rivadavia



Como pela manhã (e o dia todo) fazia um frio danado, tardei a sair da barraca, até arrumar tudo, tomei café da manhã e saí já era quase meio-dia. Mesmo assim este dia a sorte estava comigo, pois fazia um vento fortíssimo a favor. Aproveitei para voar com a bicicleta.
Engraçado que mal comecei a pedalar, feliz da vida com o vento, quando em carro perguntaram se eu queria carona para adiantar um pouco o trecho. Lhes disse que estava ali para pedalar mesmo e agradeci... justo no dia que o pedal estava um passeio, não iria deixar de me divertir...





















Avistando o mar outra vez... e a bike voando sobre o planalto...






Guanacos...
























Uma ema da patagonia, ou ñandu, como é conhecido por aí...





Vista da planície e do mar...



























Mais um bando de ñandus...









Cavalos selvagens...



Faltando 80 quilômetros para Comodoro Rivadavia encontrei um pequeno parador, onde serviam refeição, como eram quase 20:00 quando saí daí, estava pensando em parar acampar, até me mostraram um canto para montar a barraca. Mas como o vento seguia a favor, e cada vez mais forte, resolvi seguir adiante, fazendo o restante do trajeto pela noite. 






Cheguei ao centro de Comodoro Rivadavia depois da 01:00, após parar descansar e jantar em um posto de gasolina. O vento me ajudou até o final e tive que descer uma serrinha à noite para chegar à cidade, com frio congelante, tendo que usar todo o abrigo que eu tinha disponível e quase não foi suciciente...

sexta-feira, 21 de junho de 2013

32º dia - Acceso a Punta Tombo - Garayalde

15/02/2010

Trajeto do 32º dia: 119 km
Acceso a Punta Tombo - Garayalde



Fazia muito frio e dormi um pouco mais do que devia, mas consegui fazer render pelo menos uns 60 km pela manhã, com vento contra...



Depois de ver muitos tatus atropelados pelo caminho, já mais para o interior da patagônia, passei a encontrar muitos vivos. Tive a oportunidade de salvar vários, como este por exemplo...












Guanacos...









Quase chegando em Uzcudum encontrei um canoísta. Remar com os ventos daqui não deve ser moleza...






Parada para almoço na pequena estação de serviços de Uzcudum, encontrei dois motociclistas de Porto Alegre. Observaram que realmente faz frio nesta região... pois justamente estávamos atravessando uma massa de ar polar, e na moto deveria estar congelante, com certeza...






Uma lebre-da- patagônia



1600 km de Ruta 3...















Outra lebre-da-patagônia


















Com ou sem gelo, tava frio pra caramba...












Cheguei em Garayalde já era noite. Jantei e fui montar o acampamento... aqui tive notícias do Bruno e do Erich fora da internet, estavam como dois dias na minha frente. Me pareceu pouco, uma vez que eu diminuí o ritmo da viagem.



A temperatura baixou muitíssimo à noite. Foi engraçado ver dois cidadão preocupados por eu sair pedalar à noite com tanto frio. Lhes expliquei que estava tudo bem, que não iria pedalar, e sim acampar ali mesmo. Pensei que eles viviam aí mesmo, em uma dúzia de casas do outro lado da estrada, em uma planta compressora de gás natural. De repente os caras apareceram para dormir em um carro que estava perto da barraca :-s    tenso, pois estava muito frio.
Eu vi que o saco de dormir de verão que trouxe até aqui por causa do peso ( o mais leve que encontrei) já não era suficiente pro frio que passaria a encontrar de aqui por diante. Teria que comprar um mais adequado já em Comodoro Rivadavia. Mesmo assim dormi tranquilamente, usei toda a roupa que tinha além de me abrigar com cobertores de emergência de alumínio e isolar o chão com outro. O colchão de ar também me afastava um pouco da umidade do chão frio.